domingo, 3 de junho de 2007

O velho coro




Volta e meia as arquibancadas em unísono resolvem "saudar" as táticas e alteraçãos dos treinadores com o velho coro de "burro, burro".

Confesso que fazia algum tempo que não ouvia esse coro nos jogos dos 4 grandes times cariocas.

As torcidas de Flamengo e do Botafogo têm os mesmos comandantes (Ney Franco e Cuca) completando um ano de cargo (coisa ainda rara no futebol brasileiro), e de certa forma não tem grandes objeções aos treinadores (os resultados colaboram para isso).

O Fluminense é um caso a parte, pois a torcida normalmente não tem "tempo" de vaiar os treinadores (com a troca recorde no cargo nos últimos meses). No momento vive a expectativa pelo título da Copa do Brasil, quarta-feira, contra o Figueirense. Esse momento de paz com a torcida, fruto do clima da decisão que ronda as Laranjeiras permite Renato Gaúcho inclusive lançar um "time A" e um time reserva "B" com o proposito de poupar atletas. Tudo sem muito questionamento.

Já o Vasco manteve o mesmo Renato por mais de um ano no cargo de treinador, com campanhas relativamente positivas diante dos atletas disponiveis e das "forças externas" (ou melhor, internas) que rondam e prejudicam o time de São Januário. E agora o time resolveu apostar em Celso Roth, treinador conhecido pelo "estilo gaúcho", de forte marcação.


Quando achei que esse tal coro de "burro" já andava meio esquecido aqui no Rio, não é que ele surge hoje na torcida do Vasco durante o clássico contra o Fluminense? Pois bem, Celso Roth foi "condecorado" com a tradicional vaia já no seu quarto jogo diante da equipe vascaína (que faz até o momento um bom campeonato brasileiro, a dois pontos da liderança) por substituir o autor do gol Abedi e pelo apagado (na partida) craque Romário. A paciencia da torcida pode pesar futuramente para o time do Vasco, já que Roth tem um histórico de perseguição nos times cariocas (foi assim pela sua passagem no Flamengo e no Botafogo, apelidado inclusive de "Burroth").


O futebol tem mostrado amplamente favoravel aos técnicos que permanecem mais tempo diante das equipes, e esse tipo de coro (por mais justo que seja, até pelo ditado de que "a voz do povo é a voz de deus") é o passaporte para a saída dos treinadores.

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