terça-feira, 13 de maio de 2008

Botafogo 2 x 0 Sport

Na 1ª rodada do Campeonato Brasileiro 2008 o Botafogo conseguiu uma vitória com um placar até surpreendente pelo jogo que apresentou perante o Sport.

Num Engenhão que registrou recorde negativo de público (pouco mais de 2.500 torcedores) as equipes não jogaram o futebol que era esperado. Talvez porque ambas estivessem mais com as atenções voltadas para as partidas decisivas da Copa do Brasil (que jogarão nesta quarta-feira, respectivamente contra Atlético-MG e Internacional). Um 2x0 que soou como goleada, com gols de Jorge Henrique e Diguinho.

Na opinião dos torcedores presentes foi uma "pelada de luxo", jogado num estádio moderno mas com problemas de adaptação à nova realidade.

E foram esses problemas extras-campo que repercutiram mais: o apagão de quase 20 minutos (por conta de uma falha no sistema de iluminação) e o boicote das torcidas organizadas do Botafogo (decorrente à mudança de politica na entrega dos ingressos - agora as organizadas alvinegras não recebem mais uma "cota" de ingressos de meia-entrada de uma vez só).

A verdade é que com ou sem organizadas (que provavelmente somariam pouco mais de mil pessoas na melhor das hipoteses) o público seria muito baixo naquele dias das mães friorento. Uma solução improvisada para esses jogos com baixa expectativa de público é não abrir as partes superiores do estádio, concentrando o público nos setores inferiores (como era feito até o estadual).

Mas a melhor solução é a torcida comparecer. E quem comparecer, independente do setor ou das organizadas, apoiar o time do inicio ao fim é obrigação. Pois tratando-se de campeonato brasileiro a vitória em casa também é obrigatória para quem planeja algo de bom.

sábado, 10 de maio de 2008

Brasileirão 2008


Hoje é dia de festa no futebol brasileiro: a festa da estréia do Campeonato Brasileiro 2008! E o campeonato mais importante do país pentacampeão mundial começa prometendo (como sempre) fortes emoções para os torcedores dos 20 times da série A.

Alguns dos campeões estaduais começam com um ligeiro favoritismo. Internacional, Flamengo, Cruzeiro e Palmeiras comemoraram recentemente um título e todos mostraram que estão muito bem. Mas o grande favorito não pode ser outro senão o São Paulo, que tentará um inédito tricampeonato (seguido) do Brasileirão. É um time que sabe como nenhum outro como jogar em pontos corridos e merece todo respeito. Há de se respeitar também os brasileiros que continuam na Libertadores: Fluminense e Santos (além do próprio São paulo, claro).

E a série B começa também cada vez mais visada. Muito pelo Corinthians disputar a competição pela primeira vez. Mas me arrisco a dizer que a tarefa da equipe paulista em subir para a 1ª divisão será extremamente difícil, já que é o time a ser batido por toda visibilidade que proporciona.


Botafogo

Aqui no blog vou tentar atualizar com mais frequência, acompanhando especialmente os passos do meu Botafogo. O time começa com boas chances novamente a competição, mas o que pode pesar é o elenco. Quando precisa do banco de reservas o Botafogo tem fraquejado, vide a final do Campeonato Carioca 2008.

Para se ter idéia o time escalado no treinamento na véspera da estréia conta com a seguinte formação: Renan, Renato Silva, André Luis e Bruno Costa; Alessandro, Thiaguinho, Leandro Guerreiro, Túlio Souza e Eduardo; Jorge Henrique e Fábio. Uma formação que nunca atuou junta e com apostas. Mas nesse caso a culpa não é só do elenco com poucas opções, mas também da priorização da Copa do Brasil, onde o Botafogo enfrenta o Atlético-MG na próxima quarta-feira. "Sorte" que o Sport também tem compromisso pela Copa do Brasil no mesmo dia e poupará alguns atletas...

Contratações precisam ser feitas logo para deixar os torcedores alvinegros mais confiantes. Carlos Alberto é mais do que uma boa aposta, passa a ser uma esperança (desde que ele reencontre o caminho do seu melhor futebol, com passagem em seleção brasileira).

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Os dados começam a rolar, e a sorte está lançada. Façam sua apostas e em dezembro saberemos então quem levantará está Taça aí de cima.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Alegorias e adereços

Fábio Saci (ex-Bahia) e Renato (Flamengo) usando adereços na comemoração - dias contados

O objetivo do futebol, da maneira mais crua possível, é fazer mais gols do que o time adversário. Gol é o objetivo maior e essência da competição no esporte. Natural que num momento em que se atinge a meta (literalmente) a alegria (tão apontada e batida como um dos sinônimos do futebol) é imensa e as comemorações quase que inevitaveis.


Algumas comemorações no entanto ganham destaque. Pelé tinha o soco no ar como marca registrada. Neto se atirava ao chão de joelho e dava dois "ganchos" no ar. Túlio Maravilha comeu até grama ao marcar seu gol mais importante. Viola e Paulo Nunes tinham comemorações irreverentes. Bebeto ensinou ao mundo como ninar um filho recém nascido. Romário ensinou como divulgar mensagem em uma camisa por baixo... a lista logicamente é enorme como a quantidade de gols ao longo de um bom campeonato.


Mas a FIFA, em ementa na regra que entrará em vigor a partir de 1º de julho, determinou atraves dos 8 membros do conselho da International Board (IFAB) proibir o uso de "adereços" nos jogadores, visando especialmente as comemorações.


No momento não são caso de punição pelos juízes, mas logo logo a irreverencia de alguns jogadores terá de ser controlada para evitar um cartão. É o caso por exemplo de Fábio Saci, que ganhou notoriedade nacional nos confrontos entre Bahia x Fluminense pela Copa do Brasil, ao comemorar seus gols usando um gorrinho vermelho e pulando com uma perna só (como fazia o colombiano Renteria no Internacional ano passado também), o que irritou os jogadores do Flu. Outro exemplo recente é do meia Renato do Flamengo também tem comemorado seus gols tirando do calção uma máscara de Urubu rei, fazendo menção ao mascoto rubro-negro.
Não sei não, mas acho que comemorações assim, não sendo desrespeitosas, de nada tiram o brilho do futebol (pelo contrário até). Não acha?

domingo, 3 de junho de 2007

O velho coro




Volta e meia as arquibancadas em unísono resolvem "saudar" as táticas e alteraçãos dos treinadores com o velho coro de "burro, burro".

Confesso que fazia algum tempo que não ouvia esse coro nos jogos dos 4 grandes times cariocas.

As torcidas de Flamengo e do Botafogo têm os mesmos comandantes (Ney Franco e Cuca) completando um ano de cargo (coisa ainda rara no futebol brasileiro), e de certa forma não tem grandes objeções aos treinadores (os resultados colaboram para isso).

O Fluminense é um caso a parte, pois a torcida normalmente não tem "tempo" de vaiar os treinadores (com a troca recorde no cargo nos últimos meses). No momento vive a expectativa pelo título da Copa do Brasil, quarta-feira, contra o Figueirense. Esse momento de paz com a torcida, fruto do clima da decisão que ronda as Laranjeiras permite Renato Gaúcho inclusive lançar um "time A" e um time reserva "B" com o proposito de poupar atletas. Tudo sem muito questionamento.

Já o Vasco manteve o mesmo Renato por mais de um ano no cargo de treinador, com campanhas relativamente positivas diante dos atletas disponiveis e das "forças externas" (ou melhor, internas) que rondam e prejudicam o time de São Januário. E agora o time resolveu apostar em Celso Roth, treinador conhecido pelo "estilo gaúcho", de forte marcação.


Quando achei que esse tal coro de "burro" já andava meio esquecido aqui no Rio, não é que ele surge hoje na torcida do Vasco durante o clássico contra o Fluminense? Pois bem, Celso Roth foi "condecorado" com a tradicional vaia já no seu quarto jogo diante da equipe vascaína (que faz até o momento um bom campeonato brasileiro, a dois pontos da liderança) por substituir o autor do gol Abedi e pelo apagado (na partida) craque Romário. A paciencia da torcida pode pesar futuramente para o time do Vasco, já que Roth tem um histórico de perseguição nos times cariocas (foi assim pela sua passagem no Flamengo e no Botafogo, apelidado inclusive de "Burroth").


O futebol tem mostrado amplamente favoravel aos técnicos que permanecem mais tempo diante das equipes, e esse tipo de coro (por mais justo que seja, até pelo ditado de que "a voz do povo é a voz de deus") é o passaporte para a saída dos treinadores.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Identidade fenomenal

O sonho da grande maioria dos jogadores brasileiros é atuar em algum grande clube europeu. Especialmente nos grandes centros do futebol mundial como a Espanha, Itália ou Inglaterra.


A regra é simples: os jovens atletas que mais se destacam são seduzidos por contratos de cifras milionárias para atuarem em clubes de primeiro mundo, com estrutura incomparável aos nacionais. Difícil resistir não?

Na verdade uma minoria apenas conhece esse glamour dos contratos astronómicos: muitos brasileiros vão jogar em todos os cantos do mundo, em campeonatos sem nenhum prestigio internacional como do Vietnã, Indonésia, Índia ou Sudão por exemplo (mas isso é assunto pra outro dia). Segundo a BBC, 1 em cada 4 jogadores daqui vão jogar em "países exóticos"


E cada vez mais jovens vão para o exterior. Garotos das categorias de base infantis são observados na busca de descobrir novos talentos e leva-los para europa (antes mesmo de atuarem em uma partida por um time brasileiro). O que leva a uma crise de identificação com o jogador e seu país.




Um caso interessante é o de Ronaldo.


O fenômeno do Milan voltou a mostrar o seu melhor futebol, como tem feito nas últimas rodadas do campeonato italiano e tem sido a grata surpresa no previsível desfecho do torneio (que certamente consagrará a Inter como campeã). Afirmou que voltará a ser o melhor do mundo novamente, confessou a dieta (em que perdeu 5kg!) e marcou um belo gol na vitória de seu time. Mas o que mais me chamou a atenção em Ronaldo nesse fim de semana foi a declaração:


"Hoje sou mais europeu do que brasileiro, e com esse calor fico muito cansado"

O craque brasileiro tem toda a razão já que foi morar na Holanda com apenas 17
anos
. Hoje com 31 de idade, viveu a maioridade toda na europa (morou na Holanda,
Itália e Espanha
). Apesar de carioca Ronaldo nunca jogou no Maracanã por exemplo (e forama poucas as oportunidades de atuar aqui no Brasil depois de consagrado como "o melhor do mundo". A grande questão é a identidade nacional. Ronaldo é um grande exemplo para os brasileiros, um verdadeiro herói no esporte, sempre representando o país por onde vai. É realmente uma grande pena que atletas assim não estejam jogando pelos campos daqui.

Mas é interessante ressaltar que uma das armas brasileiras contra times europeus atuando aqui já foi o forte calor (que pegaria de surpresa os estrangeiros desacostumados com o clima tropical). Mas chegou a um ponto que os estrangeiros (que virou até termo especial na convocação da seleção!)somos nós mesmos, atuando em terras já não tão estranhas assim embora distantes.

Em tempo, segundo o site do The Weather Channel , Roma teve máxima de 18°C neste domingo, enquanto a cidade natal do carioca Ronaldo registrou escaldantes 28°C !

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Brasil 2014 - Quase lá



A Colômbia desistiu da candidatura para copa 2014 (para se dedicar na tentativa de ser sede do sub-20 de 2011). Com isso o Brasil fica sendo candidato único e virtualmente eleito para sediar a copa daqui a 7 anos, basta cumprir os termos de compromisso com as exigencias da FIFA.


Muita coisa tem que ser feita (como estádios e infra-estrutura das sedes em geral), mas o país parace no caminho certo, não acha?

terça-feira, 10 de abril de 2007

A temporada dos clubes ingleses

O futebol inglês vive um momento glorioso com alguns de seus principais clubes na Liga dos Campeões. Ao que tudo indica 3 dos 4 semifinalistas do torneio mais importante europeu serão ingleses, e uma possível final inglesa pode ocorrer em Athenas na grande decisão.

Hoje o Manchester United devolveu com muita sobra a derrota em Roma na partida de ida (quando os italianos venceram por 2x1). Jogando no Old Traford aplicou uma histórica goleada de 7x1 na Roma, garantindo uma vaga na semifinal (contra o vencedor de Bayern x Milan) .

O goleiro Doni, da Roma, teve trabalho para buscar tantas bolas no fundo da rede. Carrick (2), Cristiano Ronaldo (2), Rooney, Smith e Evra marcaram para o Manchester. De Rossi fez o gol de honra dos italianos, que não aguentaram a pressão e a velocidade dos contra-ataques ingleses no inicio de jogo. Aos 20 minutos do primeiro tempo o Manchester já vencia por 3x0, com o passar do jogo a goleada foi se consolidando naturalmente.


Placar histórico no Old Traford: 7x1

Já o Chelsea não fez por menos e conseguiu uma classificação heróica em Valencia: Essien marcou aos 45 minutos do segundo tempo o gol da classificação inglesa (Shevchenko marcou o primeiro, e Morientes descontou para os espanhóis). 2x1 e festa dos azuis que enfrentam o vencedor de Liverpool x PSV (na partida de ida 3x0 para os ingleses de Liverpool... só uma goleada histórica salvará a equipe holandesa).

Festa dos "azuis" em Valencia



A verdade é que a Liga Inglesa se reforçou e conta com algumas verdadeiras seleções internacionais, como nos milionários times do Manchester United, Chelsea, Liverpool ou Arsenal (só para citar os 4 melhores colocados no nacional). É provavel que o campeonato ingles se firme como um dos mais interessantes da europa já que até as equipes não tão bem colocadas tem poder de fogo e seus atrativos (vide o West Ham de Tevez). Se ano passado o defensivo Arsenal perdeu a final contra o Barcelona este ano as 3 esquipes inglesas que disputam a Champions League contam com ataques intimidadores.

O que falta para a Premier League pegar de vez por aqui é a presença de jogadores brasileiros de maior destaque. Gilberto Silva, Júlio Baptista & cia não são tão atrativos como algumas equipes espanholas e italianas recheadas de talentos brasileiros... especialmente para a tv aberta (que enfatiza a presença de qualquer jogador brasileiro em campo, como deve ser).